Montréal - Parte 2
- Complexo Olímpico
- Torre Inclinada
- Biodôme
- Jardim Botânico
- Parque Jean-Drapeau (Ilha de Sainte-Hélène)
- Biosphère
- Habitat '67
- Oratório de Saint Joseph
** Esse post é uma continuação. Para ler Montréal Parte 1 clique AQUI
Complexo Olímpico
Para chegar no Complexo Olímpico é bem fácil. Pegamos o metrô e descemos na estação Pie-IX. Assim que saímos da estação, já deu para avistar parte do complexo.
O Complexo Olímpico foi construído para as Olimpíadas de 1976 e possui várias atrações, como: o Estádio Olímpico, a Torre Inclinada, o Biodôme.
Torre Inclinada
A principal atração do Complexo Olímpico é subir na Torre Inclinada. É a maior torre inclinada do mundo, com uma altura de 165 metros e inclinação de 45 graus. No alto dela tem um observatório com uma vista linda de 360° da cidade.
A gente sobe por um funicular de vidro de 2 andares, que pode acomodar 76 passageiros de cada vez. É o único funicular do mundo que funciona sobre uma estrutura curvada, e que conta com um sistema hidráulico que permite que a cabine fique na horizontal durante toda a viagem.
Nesse momento da subida, optei em filmar ao invés de tirar fotos. Então nesse video mostro como é dentro do carrinho do funicular, a vista lá de cima e mostro um pouco do topo do observatório também. Assista ao vídeo abaixo:
Vila Olímpica e Estádio Olímpico.
Biodôme.
Um pouco da cidade de Montréal.
Lá em cima, tem um computador que fica fotografando os turistas e manda a foto por e-mail. Tem que fazer um cadastro, lá na hora mesmo. Atrás da gente, fica esse painel aí mostrando o Complexo Olímpico ao fundo.
Biodôme
Dentro do Complexo Olímpico foi criado o Biodôme, que é um lugar indoor que reproduz 5 ecossistemas diferentes da América, com vegetação e animais específicos de cada um, fazendo que os visitantes se sintam realmente nesses lugares. Os espaços são divididos em Floresta Tropical, Floresta de Bordo, Ilhas Sub-Antárticas, Costa de Labrador e Golfo de St Lawrance. Embora o espaço tenha alguns animais, o Biodôme não é um zoológico, ele tem apenas algumas espécies. Quando eu fui, estava fechado para manutenção, então eu não visitei por dentro.
A praça que fica na frente do Biodôme é uma homenagem à grande ginasta romena Nadia Comaneci, porque ela foi a grande estrela das Olimpíadas de Montréal de 1976. Com apenas 14 anos, a atleta encantou o mundo e garantiu a primeira nota "10" da história da ginástica olímpica. Ela ainda conquistou mais seis notas máximas e terminou os Jogos com três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.
Jardim Botânico
O Jardim Botânico de Montréal fica bem na frente do Complexo Olímpico. Dá pra visitar os dois lugares no mesmo dia.
Procurando na internet por informações sobre o jardim botânico, encontrei várias fotos de esculturas de plantas maravilhosas, e achei que eu fosse encontrar isso lá quando eu fui. Mas não! As tais fotos eram de uma exposição de Mosaicultura que acontece de 3 em 3 anos, e acontece apenas entre os meses de maio e setembro. Se sua visita coincidir com a data dessa exposição, estará com sorte, porque deve ser muito bonito!
Esse jardim de Montréal é um dos maiores jardins botânicos do mundo, só fica atrás do de Londres e Berlim. Foi fundado em 1931 por um homem religioso que também teve um grande interesse pela ciência e pela arte da botânica. A instituição é bem engajada com as causas ambientais. Desde sua fundação, estão entre algumas de suas missões, conservar, desenvolver e apresentar diversas coleções de plantas ao público, além de educar todos os seus visitantes sobre a importância da preservação ambiental.
Apesar de ter uma bilheteria logo na entrada, a visitação é gratuita. Só se paga para atrações à parte, cujas informações ficam expostas numa placa.
A entrada gratuita é feita por esse portão à direita da bilheteria. Ali também se distribui mapas de todo o jardim. É bom pegar para se localizar melhor, porque o lugar é enorme!
Quando eu fui, já era primavera, mas estava tudo congelado! (em abril)
O escultor americano de renome internacional, Patrick Dougherty, foi convidado em 2017 para criar peças monumentais para o Jardim Botânico de Montréal. Sobre sua inspiração, ele revelou: “Às vezes eu imagino como seria andar dentro dos próprios arbustos e descobrir outro mundo, revisitar nosso passado de caça e coleta, reconectar com a Natureza em nosso mundo moderno e acelerado.” Então ele construiu peças inspiradas em nó celta e o que ele mesmo chamou de "loucura arquitetônica".
O Jardim Chinês é belíssimo. Foi inaugurado em 1991 numa parceria entre Montreal e Shanghai. Nele encontramos os quatro principais elementos de um jardim chinês - plantas, água, pedras e arquitetura.
Inaugurado em 1988, o Jardim japonês é outra área impressionante, inspirado na arte tradicional do paisagismo japonês.
Como o centro olímpico fica na frente do Jardim Botânico, a Torre Inclinada dá para ser vista de vários ângulos.
Parque Jean-Drapeau (Ilha de Sainte-Hélène)
O Parque Jean-Drapeau ocupa duas ilhas no Rio Saint-Laurent, a ilha Saint-Hélène e a ilha Notre-Dame, e o fato de sua localização ser no meio de um rio, por si só, já o torna bastante especial. O parque é enorme e tem diversos pontos de interesse, a começar por sua área verde, que é ótima para caminhar e curtir um dia ao ar livre.
** Foto da Internet
Entre as atrações desse parque, que oferece uma vista linda para Montreal, estão: o circuito Gilles-Villeneuve, onde acontece a F1 do Canadá, o Cassino de Montreal, o parque de diversões La Ronde, a Biosphere, além de espaços destinados à arte, praias públicas, áreas para pedalar ou andar de patins.
Há uma estação de metrô no parque, mas como as dimensões das ilhas são grandes para conhecê-las caminhando, a dica é alugar uma bicicleta e explorar seu arredores sob duas rodas. O circuito utilizado na Fórmula 1 é muito usado por ciclistas. Carros são proibidos em uma grande porção das ilhas Saint-Hélène e Notre-Dame, por isso não espere circular por lá com um carro alugado ou taxi. Há estacionamento onde você pode estacionar seu veículo e então alugar uma bike para explorar seu arredores.
Biosphère
A Biosphère de Montréal fica no Parque Jean-Drapeau. Funciona como um museu interativo do meio ambiente, mostrando os ecossistemas de água das regiões dos Grandes Lagos e do Rio Saint Lawrence. Oferece atividades interativas e apresenta exposições sobre as principais questões ambientais relacionadas à água, mudanças climáticas, ar, ecotecnologias e desenvolvimento sustentável. Foi inaugurado em 1995 desenhado por Éric Gauthier. Essa bolha gigante mede mais de 62 metros de altura e 76 metros de diâmetro. Tem uma estrutura em grade toda feita de tubos de aço de três polegadas soldados nas articulações. E lá dentro funciona o museu.
Habitat '67
É um complexo de apartamentos residenciais que foi construído por ocasião da Exposição Mundial de 1967, cujo lema era "Homem e seu mundo". O complexo foi construído em um local pitoresco na Cité du Havre, uma península no rio São Lourenço, perto do Porto Velho de Montreal.
O conceito de Habitat '67 surgiu pela tese de mestrado do arquiteto Moshe Safdie para a Universidade McGill. O design de Safdie foi baseado nas cidades da encosta medieval no Mediterrâneo e foi concebido como uma visão da vida urbana no futuro. Seu design foi uma reação contra as torres de aço e vidro estéril que começaram a se tornar populares nas áreas urbanas. O arquiteto queria fornecer a diversidade e a individualidade da habitação privada em um contexto urbano.
Habitat '67 é composto por mais de trezentos módulos de concreto pré-fabricados, que são empilhados um ao outro, aparentemente ao acaso, como se o complexo crescesse organicamente. Os apartamentos estão conectados entre si por passarelas, escadas e elevadores. Os telhados dos apartamentos são usados como jardins e terraços para os apartamentos de cima.
Hoje os apartamentos são muito procurados e celebridades vivem aqui. Habitat '67 é uma residência privada e não pode ser visitada, mas vale a pena pelo menos passar na frente, porque foi um marco na arquitetura moderna.
Oratório de Saint Joseph
É a maior igreja do Canadá! Foi construída em 1900 e é considerada um dos principais patrimônios do país.
Antes de chegar na basílica, o caminho é bem legal, porque entre a estação de metrô e a basílica, a gente passa por um bairro muito bonitinho de Montréal.
O Oratoire St. Joseph foi desenhado pelos arquitetos Dalbé Viau e Alphonse Venne e foi construído no estilo renascentista italiano. A cúpula de cobre da basílica, que é o ponto mais alto de Montreal, é a segunda maior do gênero no mundo, menor somente que a Basílica de São Pedro em Roma. A basílica pode acomodar cerca de três mil pessoas.
A cúpula fica à 236 metros acima do nível do mar! Os visitantes devem escalar mais de 280 passos para chegar à entrada principal. No entanto, há uma escada separada de 99 passos que é reservada para peregrinos que desejam subir de joelhos.
Dentro da basílica tem vários andares e possui até uma escada rolante para ajudar os fiéis a chegarem até eles. São várias etapas de subida e entre elas, a gente encontra patamares de observação. Uma é de lojinhas e restaurante. A outra é um terraço enorme com uma vista incrível.
Finalmente no final da subida, chegamos ao interior do Oratório de Saint Joseph, que é muito bonito e traz uma paz inexplicável. Lá dentro tem vários altares.
A história dessa basílica: O Irmão André entrou no seminário em Montreal em 1870. Era um religioso muito dedicado, foi primeiro nomeado para o cargo de porteiro do Colégio Notre-Dame da cidade. Em pouco tempo, ele começou a fazer muito mais do que varrer os pisos, cuidando dos doentes e solitários e tornando-se bem conhecido em toda a comunidade católica por sua atitude. Em 1904, ele construiu uma pequena capela perto da faculdade, onde ele poderia receber os necessitados. Ele implorou-lhes que orassem a São José, que ouvisse seus apelos e abordasse suas doenças e tristeza. Em pouco tempo, o Irmão André e os peregrinos que ele atraiu superaram a pequena capela, então uma igreja maior foi construída em 1917. Logo, também tornou-se pequena, então em 1924 começou a construção de uma grande basílica. O Irmão André pediu que a basílica fosse nomeada por São José (Sint Joseph), a quem ele atribui todos os milagres que ele realizou.
A igreja católica romana reconheceu os milagres do irmão André, concedendo-lhe beatificação em 1982. Ele foi declarado santo em 2010 pelo Papa Bento XVI. O coração do Irmão André fica em um relicário no museu da basílica. Ele pediu que fosse mantido na basílica de modo a proteger a construção e as pessoas que ali entram.
Ao lado da basílica tem uma pequena capela em homenagem à Santo André. Uma parede inteira está coberta de muletas e outros itens deixados por aqueles que fizeram a subida à basílica e foram curados.
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Ana Cassiano
Morei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.