Templo Kinkaku-Ji do Brasil
O Kinkaku-ji do Brasil é uma réplica do Templo Kinkaku-ji da cidade de Quioto no Japão. Fica no município de Itapecerica da Serra, à 33 quilômetros de São Paulo.
Diferentemente do seu modelo japonês, o Kinkaku-ji do Brasil é um Templo Ecumênico e um cinerário, ao passo que o Kinkaku-ji japonês é um templo de orientação zen-budista.
Ecumênico é o processo de unificação das religiões. É uma busca do diálogo e cooperação comum, superando as divergências históricas e culturais, à partir de uma reconciliação cristã que aceite a diversidade entre as igrejas.
Situado dentro do Parque Turístico Nacional Vale dos Templos, o Kinkaku-ji se beneficia da Mata Atlântica que o envolve com seu clima, suas plantas, suas águas, suas pedras, e seu terreno acidentado. Engastado na mata, o Kinkakuji é rodeado por um entorno em estilo japonês.
O Kinkaku-ji do Brasil encontra-se ao pé de um terreno escarpado, mas o caminho turístico que leva até ele é íngreme e em degraus, com alguns assentos para descanso em pontos estratégicos.
Na descida até o Kinkaku-ji, a gente vê vários jazigos individuais e familiares, feitos em granito negro. São jazigos verticais, uma tradição japonesa.
Pelo caminho, também encontramos nichos para guardar as cinzas depois da cremação. O nicho mais conhecido deles é o de Cassiano Gabus Mendes, famoso autor de novelas.
O Kinkaku-ji do Brasil nasceu como um empreendimento cuja proposta era oferecer um cinerário em complemento aos serviços de cremação que se iniciava em São Paulo aos moldes de um cemitério japonês. A cremação é aceita entre cristãos e budistas. Em 1974 o crematório da Vila Alpina em São Paulo foi o primeiro crematório construído na América Latina, e contou com o apoio da comunidade japonesa radicada no Brasil que já tinha a cremação por tradição.
O Kinkaku-ji do Brasil nasceu de um empreendimento privado, inaugurado em 1976 e administrado pelo Centro Ecumênico Vale dos Templos, que revitalizou toda a estrutura do parque com o intuito de comercializar cinerários verticais e nichos.
Para chegar ao templo é necessário encarar uma descida que apesar de segura é bastante íngreme, portanto não é recomendável para pessoas com dificuldade de locomoção.
Cabeça de Buda na rocha.
O Templo foi idealizado por Alonzo Bain Shattuck, um americano que morou no Japão durante 15 anos. Teve como arquiteto Takeshi Suzuki e foi construído com a participação de dois escultores japoneses: Noburo Norisada e Kanto Matsumoto.
O Templo foi construído em concreto armado e revestido com cedro, que recebeu uma pintura dourada especial em vez de ser folhado a ouro como o Kinkaku-ji do Japão.
Em seu interior há várias salas para celebração de cerimônias ecumênicas, batismos e casamentos e um cinerário com vários columbários somando mais de cinco mil nichos permanentes. É rito tradicional japonês o costume de preservar as cinzas dos seus ancestrais.
Nos pés do Templo, tem um lago cheio de de carpas, e nos jardins ao redor, há um belo túnel feito de cerejeiras ornamentais que afloram no inverno entre os meses de julho e agosto.
Horário de funcionamento do Templo: Terça à Domingo das 09h às 16h. Ingresso: R$ 5,00 por pessoa.
Minha viagem ao Japão
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Ana Cassiano
Morei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.