Paraty - RJ

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Paraty é uma cidade litorânea que fica ao sul do estado do Rio de Janeiro. É praticamente a última cidade do Rio antes de entrar no estado de São Paulo. Paraty fica a 250 Km da capital Rio de Janeiro e 270 Km de São Paulo capital. 

Depois de Rio de Janeiro capital, Paraty é o segundo polo turístico mais visitado do estado do Rio de Janeiro. A cidade é um paraíso para quem gosta de viver entre a História e a natureza, atraindo turistas brasileiros e muitos estrangeiros também. 

Paraty foi fundada no século 17, em 1667. Teve grande importância econômica na época dos engenhos de cana-de-açúcar. Na época do Brasil colônia, “uma Paraty” era sinônimo de uma dose de cachaça. 

No século 18, destacou-se como importante porto por onde o ouro e as pedras preciosas vindas de Minas Gerais embarcavam para Portugal. Porém, com a construção de um novo caminho da Estrada Real, desembocando diretamente no Rio de Janeiro, levou a cidade a um grande isolamento econômico. 

Após a abertura da Estrada Paraty-Cunha, e principalmente, após a construção da Rodovia Rio-Santos na década de 70, Paraty tornou-se polo de turismo nacional e internacional, devido ao seu bom estado de conservação e graças às suas belezas naturais. Há trechos de Mata Atlântica por todo lado com grandes áreas de reserva ecológica. 

 

Centro Histórico

A primeira grande atração de Paraty é caminhar pelas ruas do centro histórico, que data do ano de 1820. 

Como contexto histórico, Paraty reinou na época do auge da cultura do café e da cana de açucar, com histórias de piratas no porto e da maçonaria que determinava o traçado das ruas e teve forte influência na arquitetura da cidade. Pra se ter uma ideia, o centro histórico é formado por um conjunto de 33 quarteirões. O número 3 significa muito na maçonaria (leia no fim desse post). 

  Eu com minha mãe.

 

O centro histórico de Paraty é considerado pela UNESCO como "o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso". É tombado pelo Patrimônio Nacional pelo IPHAN. A cidade é muito charmosa. Cada cantinho é um encanto.

Paraty foi formada pela mistura das culturas indígena, africana e caiçara. Essa fusão gerou caracteristicas peculiares que também fazem parte do patrimônio material e imaterial da cidade. 

 

Ruas Pé-de-Moleque

Em meio aos casarões coloniais, a gente caminha pelas ruas de pedra, que de certa forma requer certo cuidado, pois as pedras são arredondadas e bastante irregulares - por isso são chamadas de ruas de Pé-de-Moleque (em referência ao doce). É até perigoso torcer o pé! Então use calçados confortáveis e que te dêem segurança.

 

A água do mar invade as ruas

Paraty fica apenas a 5 metros acima do nível do mar. É comum a água invadir as ruas da cidade nas marés de lua cheia. A água entra por um buraco deixado na mureta de contenção. Isso acontece desde o período colonial! 

Naquela época, a água lavava a sujeira das ruas. A urina e as fezes das pessoas eram deixados do lado de fora das portas. A água vinha e levava tudo. A maré era o "serviço sanitário" do período colonial. Como as calçadas são mais elevadas do que as ruas, dá para caminhar sem molhar os pés. Uma engenharia legal da época, fala sério!

 

Igreja Santa Rita de Cássia

No século 18, no Brasil Colônia, as igrejas eram separadas pela cor da pele dos frequentadores. A Igreja Santa Rita de Cássia foi construída para atender aos pardos (mulatos) de Paraty. 

A Igreja Santa Rita de Cássia é considerada o cartão-postal de Paraty. Foi construída por escravos libertos em 1722 e possui elementos da arquitetura jesuíta e barroca. Aqui também funciona o Museu de Arte Sacra, com um acervo repleto de obras de Portugal e do Vale do Paraíba.

 

Igreja Nossa Senhora das Dores

Na época do Brasil colonial, a Igreja Nossa Senhora das Dores atendia à elite branca. A Igreja Nossa Senhora das Dores foi erguida em 1800 por mulheres da aristocracia local. Ao longo de sua história, ela soube valorizar o papel feminino na sociedade e abrigou irmandades e outros projetos religiosos inteiramente dedicados as mulheres. Um de seus grandes destaques é sua torre, que abriga no topo um galo dos ventos, semelhante ao encontrado na Igreja de Santa Rita.

 

Sobrado do Príncipe

Fica ao lado da Igreja Nossa Senhora das Dores, na Rua Fresca, 183. 

Esse sobrado de 1850 cuja fachada traz as cores da família imperial brasileira (verde da Casa de Bragança e o amarelo da família Habsburgo) pertence ao príncipe João de Orleans e Bragança, bisneto da Princesa Isabel.

O sobrado é um dos pontos mais privilegiados do centro histórico de Paraty. Mas nem sempre foi assim. No século 17, quando a cidade foi fundada, toda essa região voltada para o mar era reservada para o acúmulo de animais e lixo. Naquela época, a vista para o mar não era valorizada, pois as pessoas não tinham o hábito de ir à praia. Por isso, as casas tinham seus fundos voltados para a orla e a frente voltada para um pátio interno com jardim. O sobrado do príncipe é o único da região que é de frente para o mar, porque é de 1850, período imperial, e não do século 17 como as casas ao redor. 

Mesmo assim, sem nem ver a propriedade antes, Dom João Maria, pai de dom João de Orleans e Bragança e neto da Princesa Isabel, fechou negócio rapidamente e comprou o sobrado. 

  Brasão da família imperial na fachada da casa.

 

Em 1960, meu pai comprou o imóvel apenas pela descrição do anúncio. Ele ouviu pelo rádio. Era um desbravador e empreendedor. Foi dessa maneira que esse lugar incrível entrou para a história recente da família real. Quase por acaso. Meu pai comprou a casa sem vê-la. Eu comecei a vir com 10 anos de idade. Fui me apaixonando pela cidade como meu pai se apaixonou. Hoje moro aqui e sou muito feliz”, conta o herdeiro da família imperial brasileira. 

O casarão foi restaurado com intervenções contemporâneas, mas mantendo características originais da construção. O interior é mobiliado com móveis e objetos de arte da família. Dependendo da ocasião, o casarão é aberto ao público em datas especiais.

Meu lar é mais Paraty do que Rio, como era do meu pai também” conclui Dom João, que hoje (2021) está com 67 anos.

  Eu com meus pais na frente do Sobrado do Príncipe.

 

Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios

No século 18, a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios era frequentada por populares brancos de Paraty. A igreja passou por diversas reformas e chegou a ser demolida. Inicialmente erguida por moradores locais em homenagem a São Roque, a capela viria a mudar de nome graças à intervenção de Dona Maria Jácome de Melo, que queria uma obra dedicada à santa de sua devoção. Foi demolida em 1668 e reconstruída em 1712 em tamanho ampliado, com duas capelas internas e sete altares. Esses elementos são preservados até hoje, juntamente com os aspectos neoclássicos da arquitetura.

Um toque de misticismo e esoterismo também se mistura à história de Paraty. A cidade foi urbanizada por Maçons. O número 3 significa muito na Maçonaria. Um bom exemplo disso vemos aqui na fachada da Igreja da Matriz. Ela tem 3 portas, 3 janelas e vários outros símbolos maçônicos (leia sobre a maçonaria em Paraty no final desse post).

A fachada tem relevos que representam três galhos, cada um com 11 folhas, totalizando 33. 

 

Praça da Matriz

A Praça da Matriz é a maior praça do centro histórico. Tem várias palmeiras plantadas. Na verdade é uma praça com muitas árvores, praticamente um jardim público.

Na Praça da Matriz tem vários casarões que funcionam como bares, cafeterias e restaurantes. 

É um dos lugares mais movimentados da cidade, principalmente à noite. Os bares colocam mesas e cadeiras na rua, tocando músicas MPB ao vivo. A vibe é muito agradável. O lugar é muito charmoso.

 

Rua do Comércio e Igreja Nossa Senhora do Rosário

No Brasil colônia, as igrejas eram separadas pela cor da pele dos frequentadores. Em Paraty, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário destinava-se aos negros. Essa é uma das menores igrejas de Paraty. Foi construída por escravos em 1725. Nela fica o único altar de ouro da cidade. Essa igreja fica na região mais importante do Centro Histórico, na Rua do Comércio.

Na Rua do Comércio não passam carros, como todas do centro histórico. Isso preserva ainda mais o aspecto colonial, aliado a um comércio local bem típico, com lojas de artesanato, roupas e acessórios, cafeterias, restaurantes e galerias de arte.

 

A influência da Maçonaria em Paraty

  • Um toque de misticismo e esoterismo também se mistura à história de Paraty. A cidade foi urbanizada por Maçons.

  • Apesar da Igreja na Europa desde a antiguidade ser contrária à Maçonaria, os construtores medievais (pedreiros) que desempenhavam seu ofício, foram os criadores mais brilhantes e fascinantes. Praticamente todas as igrejas góticas da Europa foram construídas por maçons. 

  • Na origem da palavra, Maçom significa Pedreiro

  • No século 16, esses maçons se reuniam em encontros secretos e o que era falado ali era mantido absolutamente em segredo. A igreja achava que o que rolava entre eles eram cerimônias de alquimia ou rituais obscuros, mas na realidade eram ações simbólicas de ajuda social, principalmente entre os membros e suas famílias. 

  • Perseguidos na Europa, os maçons começaram a chegar ao Brasil no ano de 1700, durante o ciclo do ouro. Muitos se estabeleceram em Paraty, que na época era o ponto intermediário entre a capital e as minas. 

  • A maçonaria foi grande influenciadora na arquitetura de Paraty. Sua influência pode ser notada em vários detalhes da arquitetura da cidade. 

  • Se na Europa os símbolos maçons tinham que ser discreto por causa das frequentes perseguições, o mesmo não acontecia em Paraty. As colunas das ruas formam um pórtico, uma à direita e outra à esquerda da porta de entrada das casas, com a função de informar ao visitante que ali morava um maçom, que certamente daria todo o apoio necessário. Através dessa simbologia, o iniciado poderia até saber o grau do maçom de cada residência. 

  • Os sobrados cujos proprietários eram maçons possuiam faixas repletas de desenhos geométricos de linguagem maçônica. A ideia era que os viajantes maçônicos pudessem identificar as casas de seus colegas para pedir abrigo. Esses símbolos, predominantemente nas cores azul e branca, decoram as fachadas das casas e sobrados até hoje. 

Esse é o Sobrado dos Abacaxis. É uma propriedade particular. No período colonial, abacaxis eram sinônimo de prosperidade. Vemos esse adorno em algumas casas em Paraty até hoje. Esse casarão fica na esquina da Rua Pereira com Rua Cel. José Luiz. 

  • As plantas das construções feitas na escala 1:33.33, que têm a marca da simbologia dos maçons, desta vez da Ordem Filosófica, cujo grau máximo é o de nº 33. Este número é uma referência muito forte na maçonaria. 

  • O centro histórico de Paraty possui 33 quarteirões e, na administração municipal da época, existia o cargo de Fiscal de Quarteirão, exercido por 33 fiscais. 

  • O triângulo é um símbolo maçom por excelência. 

  • Outro sinal da presença maçônica em Paraty são os três pilares (cunhais) de pedra lavrada, encontrados em algumas esquinas. Nessas esquinas, 3 casas tinham o pilar de pedra aparecendo, e 1 não tinha, formando assim o triângulo maçônico.

  • No século 18, as portas e janelas da maioria das casas de Paraty eram pintadas em branco e azul, o chamado azul-hortência da Maçonaria Simbólica. Algumas mantêm essa tradição até hoje. Curiosidade: A cidade de Óbidos, em Portugal, também é pintada de azul-hortência e branco. Óbitos é uma cidade maçônica.

  • A maçonaria deixou sua forte marca nas fachadas dos sobrados com desenhos geométricos, em relevo. Exemplo: A fachada da Igreja da Matriz que eu já citei acima.

  • Nessa época, a cidade possuia um "arruador", que era a pessoa encarregada de organizar as construções das ruas, das casas e das praças. Esse arruador, que se chamava Antônio Fernandes da Silva, foi o maçom responsável pelo "traçado torto" das ruas e o desencontrado proposital das esquinas. Segundo ele, o traçado era para evitar o vento encanado nas casas e distribuir o sol nas residências. Mas na verdade, era um evidente símbolo maçom.

  • As ruas foram todas traçadas do nascente para o poente e do norte para o sul. 

  • Outra característica típica das construções maçonicas é a proporção dos vãos entre as janelas, em que o segundo espaço é o dobro do primeiro, e o terceiro é a soma dos dois anteriores; isto é, A+B=C, ou seja, a soma das partes é igual ao todo, que se resume no retângulo áureo de concepção maçônica. 

  • Atualmente em Paraty existe uma Loja Maçônica - a União e Beleza - que realiza um eficiente trabalho social e comunitário. 

 

O Cais do Porto

O Cais do Porto fica na Praça da Bandeira, um lugar movimentado onde os pescadores vendem seus produtos e os barqueiros atracam suas embarcações. Há também um mercado de artes e artesanatos locais. 

Do cais, partem os barcos que fazem passeios ao redor de Paraty. Vou falar desse passeio à seguir.

 

Passeios de Barco

** Leve repelente!

Paraty oferece várias opções de passeios de barcos. No Centro Histórico tem várias agências de turismo que oferecem estes passeios. Os barcos saem do cais do porto bem cedo pela manhã. Os passeios duram 5 horas em média e custam cerca de R$100,00 por pessoa. 

  Paraty vai ficando para trás.

 

A baía de Paraty possui 65 pequenas ilhas e várias praias maravilhosas que são acessadas apenas pelo mar. São praias rodeadas pela de Mata Atlântica, com mar cristalino e de coloração esverdeada, reflexo da exuberante vegetação ao redor. A natureza ali é selvagem e intocada pelo homem. 

O roteiro inclui visitar várias ilhas e praias. O barco vai parando cerca de 40 minutos em cada lugar. As pessoas decidem o que fazer: nadar, mergulhar ou até mesmo ficar na embarcação relaxando. 

A bordo é servido bebidas (pagas à parte) e um almoço que está incluído no preço do passeio. 

As paradas mais famosas do passeio são: A casa de Almyr Klink na Praia da Lula e a Lagoa AzulAlmyr Klink é um navegador brasileiro que já rodou o mundo a bordo de seu veleiro que se chama Paratii. Ele sempre partiu daqui, dessa sua casa, para começar suas aventuras marítimas.

A praia chamada de Lagoa Azul leva esse nome obviamente por causa da maravilhosa cor da água.

 

Cenas do filme Crepúsculo filmadas em Paraty

Em 2010, uma mansão no Saco do Mamanguá (região de Paraty) foi usada para gravar cenas de “Amanhecer”, quarta parte da Saga “Crepúsculo”, com os atores Kristen Stewart e Robert Pattinson. A mansão serviu de cenário para “a lua de mel dos vampiros”.

Passando na frente da casa hoje em dia (2021), percebemos que a mansão está coberta de mato. Só dá pra ver o telhado da propriedade. O motivo disso é um embargo na justiça. Parece que a casa foi construída irregularmente, em área de preservação ambiental. Não pode ser usada ou alugada até a justiça decidir o que fazer. Dizem até que ela pode ser demolida.

  Só dá pra ver o telhado da mansão.

 

Para ler tudo sobre o Saco do Mamanguá e como chegar CLIQUE AQUI

 

Parati ou Paraty? A Origem do Nome

Paraty, que na língua tupi, significa "peixe de rio" ou "viveiro de peixes", era o nome que os índios Guaianás davam ao local onde hoje se situa a cidade. Ainda hoje, os paratis (peixe de família das tainhas) vêem durante o inverno desovar e procriar nos rios que desembocam na baía de Paraty e depois voltam para o mar. 

  Uma loja de artesanato local.

 

Os colonizadores, por sua vez, mantiveram o antigo nome indígena. Originalmente, o nome era grafado com dois "is": Paratii. Posteriormente, já no século 18, aparece a grafia Paraty, com "y", que foi mantida até 1943. Depois disso, a Convenção Ortográfica Brasil-Portugal tirou o Y do alfabeto português. Mas a caligrafia de Paraty com Y continuou sendo usada no nome da cidade.

O Rio Perequê-Açu corta Paraty e desemboca no mar.

 

Hospedagem

Ficar hospedado no centro histórico de Paraty é mais caro. Lá as pousadas são pequenas, têm poucos quartos e se esgotam rapidamente. Tem outro detalhe, como não passa carro, a gente tem que carregar as malas na mão mesmo, até a pousada. Mas tem o charme de ficar bem no centro histórico né! Parte mais agitada da cidade.

Se você quiser ficar perto do centro histórico mas não quiser gastar muito, eu sugiro procurar ao longo da Av. Octávio Gama, avenida que margeia o Rio Perequê-Açu. Nessa avenida ficam várias pousadas, para todos os gostos e bolsos. 

Eu já fiquei hospedada nas seguintes pousadas em Paraty:

 

Trindade

** Leve repelente!

Trindade é uma pequena vila caiçara, famosa por se manter primitiva, e conseguir manter a natureza em estado quase selvagem, apesar do turismo. Fica a 25 km de Paraty, a poucos minutos de carro, ótimo programa para se fazer em 1 dia estando hospedado em Paraty ou arredores. 

A vila é bastante “Zen”. As casas de pescadores foram transformadas em pousadas simples. Tem alguns restaurantes e bares, sempre mantendo o estilo rústico do lugar. 

Suas belíssimas praias, trilhas e cachoeiras recebem turistas do Brasil e do exterior, em busca de experiências paradisíacas e sossego. Trindade está situada dentro da Área de Proteção Ambiental do Cairuçu e do Parque Nacional da Serra da Bocaina. A natureza é exuberante e as praias são lindas. 

Quem estiver em Paraty sem carro, dá para chegar em Trindade de ônibus, que sai da rodoviária de Paraty praticamente de hora em hora. 

 

Saco do Mamanguá e Pico do Pão de Açúcar

O Saco do Mamanguá fica a 18 Km de Paraty. É apelidado de o único fiorde tropical do mundo. Ótimo passeio de 1 dia bate-volta para se fazer para quem estiver hospedado em Paraty e região.

Fiordes são na verdade, grandes montanhas provenientes de geleiras glaciares que surgiram no mar formando belos penhascos com vistas maravilhosas. Eles aparecem na Noruega por exemplo. No Brasil, essa formação geológica aconteceu de forma diferente. Não tem nada de geleiras, óbvio. Um braço de mar avançou pelo meio das montanhas que já existiam, formando essa paisagem paradisíaca. Essa região é chamada de Saco do Mamanguá

No Saco do Mamanguá há uma formação rochosa que se destaca no meio da paisagem, é o Pico do Pão de Açúcar. Ele recebe esse nome por causa da semelhança que tem com o Pão de Açúcar que fica no Rio de Janeiro capital. 

O Pico do Pão de Açúcar é muito procurado por turistas e trilheiros interessados em escalá-lo para ver a vista lá do alto. É uma trilha pesada, muito inclinada, feita pela mata fechada. Mas o sacrifício vale à pena! A vista lá de cima é recompensadora. Para ler tudo sobre o Saco do Mamanguá, a trilha do Pico do Pão de Açúcar e como chegar CLIQUE AQUI

 

Estrada Paraty-Cunha

A estrada Paraty-Cunha é maravilhosa. É a rodovia SP 171. São cerca de 40 quilômetros de estrada (1 hora de carro) que sai de Cunha (interior de São Paulo), passando pela Estrada Real e pelo interior do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Prepare-se para admirar uma das vistas mais belas da sua vida! É uma região de muitas montanhas, cheia de mirantes de observação, maravilhosa mesmo! Essa estrada vai até Paraty.

Tem um trecho da estrada que não é asfaltada, e sim pavimentada com paralelepípedos. Uma graça! E ao longo dela há uns marcos vermelhos indicando que estamos na Estrada Real.

A Estrada Real é a maior rota turística do país. São mais de 1.630 quilômetros de extensão, passando por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A sua história surge em meados do século 18, quando a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro.

Saindo de Cunha, tem O Lavandário, uma propriedade com plantações de lavandas, um lugar lindo que merece ser visitado. Para ver meu post sobre o Lavandário de Cunha clique AQUI

Na altura do Km 66 da estrada, fica o acesso para a Pedra da Macela. A gente estaciona o carro e caminha por 2 Km por um caminho íngreme e asfaltado até chegar no mirante que fica à 1.840 m de altitude, no Parque Nacional da Serra da Bocaina. Esse mirante nos proporciona uma vista panorâmica de Paraty, da baía de Ilha Grande e de Angra dos Reis. A entrada é gratuita. Fica numa propriedade particular, mas pode entrar sem problema.

    Foto Tripadvisor**

 

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Ana Cassiano

Morei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.

MMorei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.orei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.