O Jardim dos 18 Arhats - Templo Zu-Lai São Paulo

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   Esse é o Templo Zu-Lai em São Paulo

Logo na entrada do templo, há um jardim com 18 diferentes estátuas de Budas, chamados de “Os 18 Arhats”. Eles são considerados monges iluminados e extremamente respeitados por sua grande sabedoria e coragem. Devido às suas habilidades em repelir o mal, são posicionados bem na entrada dos templos, como guardiões indomáveis, atentos a vigilância.

Cada estátua tem uma posição diferente, cada uma com sua história e habilidades de proteção. São monges que tinham características próprias antes de se tornarem Arhats. A Diferença entre Arhat e Buda: Os dois encontram a "Iluminação", porém o Buda consegue atingi-la sozinho por si próprio, e o Arhat precisa de um mestre. 

 

O significado de cada estátua:

 

            O Arhat montando um cervo: Antes de se tornar monge, esse jovem rapaz ocupava importante posição no reino onde morava. O rei não queria q ele fosse monge, e para se desvencilhar dessa pressão, fugiu para as montanhas. Certo dia, já monge, reapareceu no palácio montado num cervo. Voltou com a intenção de convencer o rei de seguir Buda. Encorajado, o rei abdicou do trono, deixando-o ao príncipe, e acompanhou o jovem monge no caminho dos ensinamentos.

 

         O Arhat segurando um pagode: Por não ter tido oportunidade de seguir Buda por muito tempo, esse monge passou a carregar consigo um pagode (relicário) que, para ele, representava a presença do Mestre. Ele retinha profundamente na memória os ensinamentos do Buda e inspirava a todos a que cultivassem virtudes. 

 

            O Arhat na folha de bananeira: depois de ter renunciado à vida comum no mundo, ele meditava sentando debaixo de uma bananeira, esquecido do ruidoso mundo exterior. Sua mente estava sempre em paz, sem perturbações e preocupações.

 

            O Arhat bem-humorado: Sempre que debatia e ensinava, sorria, tornando-se famoso por gostar de analisar a questão da felicidade. Transmitia os ensinamentos do Buda, de acordo com a necessidade e a conveniência de cada pessoa, irradiando sempre muita alegria.

 

             O Arhat sentado serenamente: Antes de ser monge, foi um vigoroso guerreiro. Mas quando o seu mestre o ensinava a meditar, ele conseguia ignorar totalmente seus instintos bélicos. Chamava atenção pela sua concentração, pois ficava profundamente e plenamente concentrado na busca da Verdade. 

 

          O Arhat atravessando o rio: Foi ele quem levou o budismo para as ilhas do leste asiático. De barco migrou para Java, na Indonésia, levando os ensinamentos de Buda, sendo conhecido como o Arhat que atravessa o rio (possivelmente uma alusão a cruzar o oceano). 

 

            O Arhat em profunda contemplação: ainda menino, deixou o lar para se tornar um monge. Na Sanga (comunidade monástica), era o monge mais jovem, o mais destacado na prática da tolerância perante os insultos e o mais perseverante na discreta prática pessoal.

 

              O Arhat que aguarda à porta: certa vez, durante as suas rondas de mendicância, por ser abrutalhado, quebrou uma porta quando nela batia, sendo obrigado a repará-la. O Buda deu-lhe, então, um cajado com argolas (que faziam barulho ao serem chacoalhadas) recomendando-lhe que o usasse ao invés de bater às portas. Caso tivesse vínculos com o morador este o atenderia, caso contrário deveria seguir adiante, até a porta da próxima casa.

 

             O Arhat subjugando o dragão: Diz a lenda que, certa vez, um malvado naga (espécie de serpente aquática) teria inundado a cidade de Nagarahara, na antiga Índia, a fim de levar as preciosidades dos templos para o fundo do mar, as quais só poderiam ser resgatadas por um monge iluminado. Esta lenda explicaria o Arhat domando o dragão.

 

              O Arhat de longas sobrancelhas: Em sua vida anterior, dedicava-se à pratica religiosa sem, contudo, ter alcançado o fruto da iluminação e morreu tão velho que tinha longas e brancas sobrancelhas. Diz a lenda que ele, na época do Buda, já nascera com longas sobrancelhas e que seu pai, tendo ouvido alguém dizer que ele tinha a aparência de um Buda, o teria levado para a Sanga e que naquela vida como monge, atingira o estado de Arhat.

 

              O Arhat persuasivo: foi um caçador que, depois de ter aprendido os ensinamentos do Buda, deixou de matar por respeito à vida. Ao ensinar, ele persuadia os demais a seguir o budismo. 

 

              O Arhat erguendo os braços: devido ao seu gesto habitual de levantar os braços para se alongar após a meditação, esse monge ficou conhecido como o Arhat que levantava os braços.

 

              O Arhat expondo o coração: ao abrir o próprio peito exibindo o coração, esse monge revelava aos seus seguidores que, se pudessem manter a pureza do coração e da mente, abstendo-se do mal e trabalhando arduamente na prática do bem, não seriam diferentes de Buda.

 

            O Arhat limpando o ouvido: Esse monge foi um célebre devido aos seus discursos sobre a purificação do sentido da audição, sendo esta sua prática (não dar ouvidos à mentira, difamações, insultos, bajulações, fofocas, etc).

 

             O Arhat carregando um saco: desprendendo-se de todas as preocupações, esse monge não se deixava influenciar por fama, posse, perda, ruína ou qualquer outro agente externo. Alegre, ele sempre estava leve como o saco que carregava às costas. Conta-se que ele capturava serpentes, carregando-as em um saco para soltá-las nas montanhas mais remotas, a fim de que não ferissem ninguém.

 

             O Arhat subjugando o tigre: ele progrediu no cultivo da sabedoria e da compaixão, vindo finalmente a superar o tigre feroz que habitava seu interior (os desejos, a cobiça, a raiva e o ódio existentes na mente). Diz-se que foi um nobre general e que, por estar sempre reverenciando o Buda, foi estimulado pelo rei a se tornar um monge. Já no monastério, por compaixão, costumava alimentar os tigres da redondeza e estimulava os outros monges que fizessem o mesmo. Desta forma, os tigres, deixavam de representar uma ameaça. 

 

            O Arhat erguendo a tigela: ao mendigar sempre erguia a sua tigela aceitando qualquer doação sem descriminá-la, conferindo assim méritos àquele que a fazia.

 

         O Arhat montado no elefante: antes de ingressar na vida monástica, ele foi um adestrador de elefantes. No budismo, o elefante é símbolo da força que suporta as mais duras tarefas e da capacidade de percorrer longas distâncias, por isso, ele está associado ao vigor dos ensinamentos de Buda.

 

O Templo dos Dez Mil Budas em Hong Kong

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Ana Cassiano

Morei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.

MMorei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.orei na Alemanha por 8 anos. Já visitei vários países de continentes diferentes. Sou Guia de Turismo em São Paulo, Escritora de Viagens e Colaboradora de Sites de Turismo.